[Adriano Lobão Aragão, Yone de Safo]
e plantam flores onde fenecem os frutos da terra
para mães que não podem resistir às dores do parto
as vítimas de tanta desgraça atiram-se às trevas
pelos mesmos gestos de efusão materna acumulados
sem que nenhum júbilo encontrasse aquele que caminha
onde plantavam no sagrado barro os ossos do pecado
desfeito abrigo e caminho da palavra medida
que as mãos de uma mãe recolhe para o útero vazio
e com a língua recobre e cura a própria ferida
e planta flores onde fenecem os frutos de Eva
e grita as dores do parto de um filho sem umbigo
e plantam flores onde fenecem os frutos da terra
para mães que não podem resistir às dores do parto
as vítimas de tanta desgraça atiram-se às trevas
pelos mesmos gestos de efusão materna acumulados
sem que nenhum júbilo encontrasse aquele que caminha
onde plantavam no sagrado barro os ossos do pecado
desfeito abrigo e caminho da palavra medida
que as mãos de uma mãe recolhe para o útero vazio
e com a língua recobre e cura a própria ferida
e planta flores onde fenecem os frutos de Eva
e grita as dores do parto de um filho sem umbigo
Comentários