[e que o vindouro indigitado absorto dissesse:
“ali morreu o afoito Ovídio”]
Adriano Lobão Aragão
eis o templo de Amor que anelas
cubram os templos teus, um Deus namora
o teu trono será sempre ladeado
com torvo aspecto ingratidão impura
minha manada, que naquela altura
tu não ames, Pastora, a quem te aclama
eis o templo de Amor que anelas
que a vida sem amor, se é vida, é triste
já saciado estará teu braço cruento
por não me unir contigo em doce enleio
tomastes em testemunha aquela gruta
a promessa de amor, que inda se escuta
eis o templo de Amor, do Deus, que anelas
de sangue rios mil cortam o Templo
vivas entranhas com fatais tormentos
são mais os ais, são mais gemidos, brandos
tens dois seres, que o tempo não abate
eis o templo de Amor, do Deus, que anelas
de festões de prazer cobriu-me a fronte:
a minha, também tua, inculta aldeia
ah! Pastora, Pastora, acaso ignoras
se uma gruta me desse em que por ela
o silêncio reinasse sempre mudo
[Entrega a Própria Lança na Rude Batalha em que Morra, 2005]
“ali morreu o afoito Ovídio”]
Adriano Lobão Aragão
eis o templo de Amor que anelas
cubram os templos teus, um Deus namora
o teu trono será sempre ladeado
com torvo aspecto ingratidão impura
minha manada, que naquela altura
tu não ames, Pastora, a quem te aclama
eis o templo de Amor que anelas
que a vida sem amor, se é vida, é triste
já saciado estará teu braço cruento
por não me unir contigo em doce enleio
tomastes em testemunha aquela gruta
a promessa de amor, que inda se escuta
eis o templo de Amor, do Deus, que anelas
de sangue rios mil cortam o Templo
vivas entranhas com fatais tormentos
são mais os ais, são mais gemidos, brandos
tens dois seres, que o tempo não abate
eis o templo de Amor, do Deus, que anelas
de festões de prazer cobriu-me a fronte:
a minha, também tua, inculta aldeia
ah! Pastora, Pastora, acaso ignoras
se uma gruta me desse em que por ela
o silêncio reinasse sempre mudo
[Entrega a Própria Lança na Rude Batalha em que Morra, 2005]
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