- Publicado originalmente em amálgama #4, agosto de 2003.
SONETO
[Alexandre Bacelar]
Esse escarcéu de cristos salvadores
Reunidos em mim, onde procuro
Por florestas de flores incolores
Ainda não plantadas nos escusos
Pátios aonde planto meus senhores
São deuses que resguardam os minutos
Inatos ao meu tempo sem pudores
Ainda humanos que hão de me ferir.
Como pode um menino triunfar
Além, além de si tendo por si
Seara de batalha e tenro lar
Cuidoso onde repousa uma criança?
Como se as faldas férteis do terreno
Florescem do meu húmus de tormento?
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